sábado, 8 de dezembro de 2012



Tabagismo é risco para cirurgia plástica

O hábito de fumar teve diversas significações ao longo da história. No processo de descoberta do continente americano o hábito seria um exotismo apreciado pelos curiosos europeus. Séculos mais tarde, as películas dos primeiros filmes norte-americanos colocavam um pomposo cigarrinho na boca de suas divas e galãs como sinal de seu estilo de vida sofisticado. Hoje em dia, é alvo de grandes disputas judiciais e campanhas que combatem o hábito extremamente nocivo à saúde.
Os 56 milhões de fumantes brasileiros têm 20 vezes mais chance de desenvolver câncer de pulmão do que uma pessoa que não fuma. E num mundo voltado para a beleza como o nosso, a primeira vítima do tabagismo é a aparência do fumante. A grande vilã da história é a nicotina - um líquido tóxico existente nas folhas do tabaco e que já era utilizado em 1690, na França, como inseticida. "Além de causar a dependência, a substância tem efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea. Ou seja, reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando o aporte de oxigênio e de nutrientes que as células recebem por meio do sangue. Como consequência, a pele perde o viço e começa a envelhecer precocemente", afirma a cirurgiã plástica DRª Rita Sotelo. No Brasil, o cigarro ainda é responsável por 97% das mortes por câncer de laringe, 25% por doença do coração, 85% por bronquite e enfisema pulmonar e 25% por derrame. Além disso, são sete vezes maiores as probabilidades de se ter úlcera e câncer de estômago. A vasoconstrição causada pela nicotina compromete o processo de cicatrização após as cirurgias. Durante uma cirurgia que envolve o descolamento do tecido cutâneo, há uma natural diminuição da vascularização. Ou seja, a associação desses dois fatores: cigarro + cirurgia potencializa os efeitos negativos sobre a pele. Por essa razão, os cirurgiões plásticos  estão deixando de operar pacientes que fumem mais de um maço de cigarros por dia. Além do risco de necrose e gangrena, há possibilidade de abertura da sutura e de a pele voltar a enrugar em razão da menor sustentação dos tecidos. Segundo Drª Rita Sotelo, "Para quem é fumante e deseja se submeter a uma cirurgia plástica, o ideal é programar a cirurgia com antecedência e suspender o fumo pelo menos dois meses antes", recomenda a Drª Rita, que também é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Além de aumentar as possibilidades de a cicatrização ser bem sucedida, o próprio paciente vai se beneficiar com o período forçado de abstinência.  explica a médica. Sem dúvida, ninguém desconhece a influência do fumo no câncer de pulmão, em outros tipos de câncer e nas enfermidades cardíacas. "Entretanto, a maioria das pessoas não sabe que existe uma relação causal entre o tabagismo e as complicações pós-cirúrgicas. Há, de fato, a necessidade de muita educação e divulgação para que as pessoas realmente sejam melhor informadas sobre este fator de risco, que é modificável, por isso mesmo é tão importante", defende a cirugiã.

Dra Rita Sotelo – Cirurgiã Plástica
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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Rita Sotelo

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