sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cuidados com os Exageros nas Próteses Mamárias.

 
Até os anos 80, a cirurgia plástica para a área das mamas se restringia aos casos de redução do volume. Já na década de 90 , a mamoplastia de aumento tornou-se uma das cirurgias mais realizadas, apenas perdendo para a lipoaspiração.

No início, bastava uma pequena protuberância para que a mulher se sentisse realizada. Atualmente, no entanto, algumas mulheres tendem ao exagero, ao desejar implantes mamários desproporcionais ao seu peso e altura.

Sem dúvida, as mamas são o símbolo máximo da feminilidade e da auto-estima. Quando elas estão em desarmonia - seja por falta ou por excesso -, a silhueta fica prejudicada, ocasionando transtornos psicológicos e sociais irreparáveis. Tão importante quanto resolver essa desordem é adequar o tamanho do implante ao tipo de corpo de cada mulher. 

O principal, na hora da escolha, é a mulher ter em mente que a prótese é para a vida toda e deve ficar bem em qualquer situação e não apenas em uma festa ou um período da vida.
O que muitas pacientes não percebem é que, se hoje colocam implantes mamários grandes, se no futuro desejarem diminuir o volume mamário, precisarão conviver com cicatrizes maiores para corrigir a pele que ficará excedente. 

Além do fator tempo, a mulher está sujeita a danos estéticos, físicos e comportamentais. O primeiro deles é que quanto mais exagerado o volume da prótese, maior a probabilidade de surgirem estrias. O segundo é que ela pode ocasionar uma projeção do tronco para frente e dores osteomusculares.
O cirurgião plástico tem o papel de auxiliar a paciente a escolher o tamanho ideal. Através da consulta médica, analisa-se o desejo da paciente somado ao diâmetro do tórax, altura, peso e relação colo-abdômen. 
Quanto às pacientes que ainda não tiveram filhos, o ideal é preferir os implantes um pouco menores, porque após a amamentação, a pele irá estender. Se ela tiver uma prótese muito grande, dificilmente poderá colocar uma maior ainda para preencher a flacidez.

Portanto, o melhor tamanho é aquele que se harmoniza com a silhueta e o contorno corporal e sempre deve-se levar em consideração que existe uma linha muito tênue entre o exagero estético e a artificialidade. 


Dra Rita Sotelo
Cirurgiã Plástica da Clínica Sotelo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados e após, publicados